terça-feira, 7 de abril de 2009

PARA TODO MAL, A CURA.

"Tudo muda o tempo todo no mundo". Lulu Santos, mesmo depois de tanto tempo, nos pode dar frases que encaixam perfeitamente nas nossas situações particulares. E esta me cabe como uma luva!

Ontem, no estudo mediúnico, o tema escolhido foi "Transitoriedade". E as coisas que as pessoas diziam pareciam-me como um conselho particular, até cheguei a me questionar se não liam minha mente, mas não... os problemas de todos se parecem muito! Na verdade estes problemas se parecem porque, independente de quais sejam, o início e o fim é sempre o ser humano. Então a minha dor é a dor de tantos outros que sentem dor, mas não do mesmo jeito. Os conselhos que ouvi caíram como um bálsamo e lavaram minha alma.

Eu sempre teorizo sobre os problemas do mundo, mas nada melhor que pôr em prática em nós mesmos os conselhos que damos. Tantas vezes falei de perdão, tantas vezes tentei fazer com que o que reclamava ter sido atingido em seus mais caros sentimentos visse o outro como um instrumento de aprendizado; tantas vezes pedi que se colocassem no lugar dos que lhe feriram... e ontem eu pude fazer tudo isso. Então bendita dor, não? Tá aí... depende! Dor é sempre dor, minha gente, o que muda é a reação que temos diante dela e para que tal dor nos serve.

Nada é bom e mau, simplesmente. Eu li há alguns dias em "Nosso Lar" do autor espiritual André Luiz [aliás, ele foi um presente estes dias], um caso de um senhor que teve seus bens tomados e entrou numa falência irremissível, tinha família para sustentar e amargou dias de sufoco material até sua morte. André o encontrou depois de seu desencarne na colônia como um trabalhador solícito, feliz e luminoso. Se envergonhou porque o "verdugo" deste homem tinha sido seu pai. Mas o homem lhe garantiu ser este "mal" a OPORTUNIDADE luminosa de sua modificação interior. O que ele ESCOLHEU se transformar depois desta aparente perda lhe garantiu na verdadeira vida a consciência mais tranquila. Pode até existir muitas coisas que são pagas com MasterCard, mas as perenes ele nem sabe quanto custa.

O mesmo conceito relativo da dor se dá ao conceito de valores. Nós também escolhemos o que vale ou não para nós outros e assim vamos amealhando o que achamos ser um tesouro. A cada oportunidade como esta que cada um tem de se tornar melhor interiormente, se o indivíduo escolhe barganhar através da revolta, ele se empobrece e perde "valor"; ainda bem que a vida é contínua e o aprendizado infinito. Se ele se deixa vencer pelo medo da luta e cata um atalho onde se embrenhar, com medo da dor, com medo do sofrimento, uma hora não será mais possível fugir.

Acho que vocês lembram de um texto que escrevi "Abaixo a proteção". Pois bem... foi o melhor que fiz! Proteger-se de que? De viver? De aprender? De cair? Por que? Levantar sempre é possível e o que é melhor: ainda mais forte!

Estamos expostos SEMPRE ao livre-arbítrio alheio, este é impossível controlar; mas podemos controlar nossa ação [em não causar dor] e reação [ao agir perante a dor] e por isso somos senhores dos nossos destinos. Tudo pode ruir e acabar, o aprendizado fica. Todos podem ir embora, mas seus sentimentos estão burilados. A vida pode mudar num intante, mas você arregimentou condições de vencer! Você é sempre o início e o fim da sua vida e não os outros! Se não fosse aquele amigo a te ferir, seria um outro, porque você precisava mesmo era aprender a lição da fidelidade; se não escorregasse na casca de banana aqui, pisaria no quiabo mais à frente, porque você precisava aprender a se levantar, se não fosse isso, seria aquilo que te oportunizasse a mesma lição.

Então não classifiquemos as dores, nem os intrumentos das dores, pois Bom mesmo é o Pai que está nos céus e nós outros estamos sempre na condição de aprendizes!

Um beijo no coração de todos os que eu amo e obrigada pelo apoio sincero, fraterno e amigo de sempre!!!

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