terça-feira, 7 de abril de 2009

BOM DIA!!!

Acordei inspirada! Mas isso não é bom. O que me inspira é uma dor muscular insuportável que não é no pescoço e é aqui atrás, nas costas. Baseada nesta dor lascante, levantei hoje e arrumei Lili pra levar na escola [minha filha de 9 anos]. Ai Jesus... quando sentimos uma dor e ela nos domina por algum tempo é através dela que vemos o mundo. E hoje eu vi o mundo com dor muscular!

Saí de casa, bati o portão e Lili [como um hábito infantil ritualístico de bases teimosísticas, disparou na frente], "espera Lili!!! Eu já não disse que não é pra sair correndo?", "desculpa mamãe... é que eu esqueço...!", "esquece, né? Às vezes sim, às vezes sempre!"... Andei mais uns passos e ooops! Caminhada com barreira: cocô de cachorro [de madame mal-educada] na calçada!!! "Desvia, minha filha. Se você pisar vai incensar a sala de aula com este bundum!". E entre cocôs, garis, perfumes fortes e adocicados [não vomitei porque queria tomar café primeiro, vomitar sem nada no estômago não é bom] chegamos na escola.

"Tchau neném! Bom dia pra você! Beijo de mamãe...? Te amo!". Volto; agora desprotegida da presença infantil. Passo por um prédio e o porteiro: "fiu-fiu", e o gari e o cara do ponto e o outro porteiro... e eu - cara emburrada, recebo uma baforada de cigarro nesta mesma cara! Ai Deus... e a moça que vai trabalhar com mais um tipo de fragrância adocicada, enebria meu estômago! Perto de casa "ufa...", e quando eu penso que não: "bom dia, morena...a...a...a" [eu não sei como é a entonação disto, mas homem doido tem um poder de entonar frases que vão mexendo com os nervos de sua mão e ela se fecha sozinha, na incrível dança do murro!].

Entro em casa. Abro a porta. Aperto a mão. Vou no armário e de estômago vazio me agarro num frasco de analgésico, ávida por esquecer a dor. Ligo o PC, encontro um amigo e volto pra tomar café. Mainha entra na cozinha: "bom dia, Sâmia!", "bgrrom dirgrga", "afff, acordou de mau humor?"... Eu? Eu não! O mundo é que tá com dor nas costas!

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