terça-feira, 7 de abril de 2009

LIBERDADE-1

Não é mais um texto moralista sobre este tema [ao menos não é meu intento]. Eu queria falar mesmo da escravidão que nos liberta [este também não é mais um trocadilho imbecil]. Pode ser que inicialmente haja discordância: como haver liberdade na prisão? Então veja só: eu não sei dirigir [também não quero, eu acho... que seja!] e sei que quando aprendemos a dirigir, temos que tomar determinadas precauções e ter bastante atenção. Pisa na embreagem para passar as marchas, mas não deixa de olhar pra frente [você morre!!!], olhe para os retrovisores e preste atenção aos pedestres! Quanta coisa... mas no momento que você se torna escravo destes passos já pode dirigir sem se preocupar com eles. Você já internalizou os passos sob os quais não se movimentaria sem. Digo mais: um belo cachorrinho, destes que criamos dentro de casa e "apertamentos", o bichinho necessita de mais espaço, necessita sair, tomar ar e fazer xixi... mas para isso tudo, para ganhar a tão deliciosa liberdade ele precisa se submeter à coleira! Maravilhosa coleira à qual o danadinho deve se curvar para poder dar um rolé! E aí? Somos mesmo todos livres? Ou temos um espaço no qual nos movimentamos sob determinadas condições? Somos livres para fazer o que queremos ou o que devemos? Ai... eu já tenho minha resposta criada sob minha coleira-religião, minha coleira-ética às quais me submeto adestrada para poder respirar bem fundo o ar do mundo e fazer meu xixi nos postes e portões da vida. Também posso acelerar sem matar nenhum transeunte, estacionar sem meter o retrovisor no meu caro colega motorista ao lado já que me submeto algrinha à cartilha de direção. Eu tô amarrada, em nome de Jesus! rs [vou abrir uma excessão e rir] Tô amarrada ao que me guia ao que, por agora, me dá a liberdade que preciso, mas antes: a que mereço!!! Sâmia.

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