segunda-feira, 19 de julho de 2010

ADIVINHA...

Você vai ficar sem mim. E eu vou rir porque você nem vai ligar. Eu vou rir porque sei que você não sabe o que está perdendo. Como um bobo sendo filmado sem perceber na praça ou no banco, eu estarei rindo de você. Por detrás do vidro fumê, quem vai me ver? Mas eu vejo, vejo tudo e posso listar o que você não vai ganhar com este seu ímpeto, com este seu jeito insano de me desprezar, de nem ligar pra mim todos os dias. Ah! Já posso até vislumbrar você dizendo: “como assim?” É querido... você não me viu passar e eu passei! Agora estou aqui maquinando e te filmando... você brincando de ser feliz, de guarda baixa, de riso fácil [me engana que eu gosto, porque não vejo graça no que você ri]. Fica aí, viu? Quando o trem da surpresa te pegar... mas eu não vou contar! Quando eu quis cochichar segredos, você se tremendo todo me disse que não estava entendendo nada. Ah foi? Pois então... agora sou eu quem se cala! Agora você nem sabe, fuma um cigarro e anda na cidade. Limpa as lentes e ainda não vê melhor. Acorda todos os dias e vive com sono, pensa que é livre, mas tem dono. Sou eu quem manda em você e amanhã outra vez você vai me perder!
Chamo-me tempo!

5 comentários:

Marcelo disse...

Que medo!!!
Faz isso não!

Preta Guerra disse...

Adoro esse jeito "você" de escrever, é muito você aí nesse texto... =)

As vezes perdemos tempo com coisas e pessoas que acabam por ser também, pequenas ou grandes coisas...
E essa de dizer: você foi quem perdeu, não eu! Somos uns perdidos na constante procura...
Se perdeu, é por que não achou...
Na caixinha do Achados e Perdidos, alguém me encontra...
Não se perdeu, só não se sabe onde está!

Anônimo disse...

Tempo assim, que manda, autoritário é como um grão de milho de pipoca que não virou nuvem, porque não quis.

Tempo, tempo, tempo, tempo... Infinitas vezes se vendo passar.
Balbuciando algo entre o óbvio e o ululante ou entre o gugu e o dada.

Não dá medo, não dá nada, não dá tempo.
A gente vai, ele fica, sem vice-versa.
É intempo, atempo, extempo, destempo.

Bj.

Roberto.

Vc viu que temos mãos novas cozzinhando com a gente? São lá do Mato Grosso. Acho que vão dar mais substância à nossa comida e mais relevo à nossa cozinha. Tõ apostando nisso.

Bj.

Sâmia. disse...

O tempo é sempre esnobe e mandão. Nunca o vi pedindo. Sempre amanhecendo noites lindas, sempre envelhecendo belos rostos, sempre curando rebeldias e criando artroses... falar dele é sempre questão de tempo!

Beijocas!!!

P.s.: Eu vi nossa nova comparsa de cozinha. Que esta alma bem-vinda nos traga bons paladares!!! rs

Sócrates disse...

Ótima como sempre.
Um Beijo