segunda-feira, 14 de novembro de 2011

CARTA PARA MINHA TIA

Oi Tia Sônia,

Como estão as coisas aí? Saudades imensas! Você e suas maneiras fazem falta, sabia? Sabia, né? Você deve ter visto o vídeo que Carine fez para você e que também fez todo mundo chorar. Coisas de Carine – ela junta os sentimentos e depois larga uma bomba. Depois desse vídeo eu resolvi te escrever uma carta. Sempre penso muito em você, sempre lembro o jeito que você me chama [Samoquita] e ainda sinto ciúmes porque você prefere Dai. Nem adianta negar, viu tia Sônia?! Todo mundo prefere Dai, mas eu sei que as pessoas me amam do jeito que sou e com você não é diferente: seu amor por mim e meus irmãos sempre foi inegável e sobreviveu a anos de distância física... continua sobrevivendo, eu sei.
Eu queria ter dito mais vezes que te amo. Até chego a lembrar dos murritos, besliquitos e mordidas com certo saudosismo. Isso me faz pensar que certas dores da vida são muito pequenas perto da dor de não poder abraçar a quem se ama. Mas o que estou dizendo? A gente se abraça muitas vezes!!!  Mesmo depois de sua viagem, eu sei que você volta e abraça a cada um de nós. Briga com uns, bate palmas para outros, puxa um pela orelha, dá conselhos a outros, segue cuidando dos que ama. E a gente vai se virando por aqui até chegar o Natal em que aquela sua “arvorona” será armada na sala de sua nova casa e estaremos todos lá.
Será que você ainda briga com Sheik e Ringo quando eles se pegam na briga? Vixe, tia Sônia, deve ter uma galera de cachorro pra você cuidar, né? Paloma, Dalila, Sheik, Ringo e outros que nem sei o nome. Tem Lolita e Dhust que também devem estar em sua casa. Eu falo como se a única coisa que você faz aí é cuidar de cachorro. Duvido. E as rosas brancas? E as outras flores? E os demais amores, né? Existe muita novidade que a gente aqui nem sonha. Ou sonha? Rs
Eu guardo os vestidos que você me deu, as blusas, as coisas todas como uma bobona agarrada a evidências materiais da sua lembrança. Sei que tudo isso é dispensável, mas você sabe que cada uma destas coisas é a materialidade de meu amor.
Eu não gostei que sua viagem foi perto de meu aniversário, mas acredito que a passagem estava marcada por gente bem maior que a gente e não é justo questionar; hoje eu sei que você é feliz e os hamsters nem devem mais existir, né? Essa é uma lembrança que me faz gargalhar sempre! E o bolo de algodão com álcool: “nãaaaaaaaaaoooo Sâmia!!! Isso tudo, minha filha?”. Sem contar que quando eu ia dormir nas “horas mortas” era motivo de falação eterna. Hoje vou dormir mais cedo para te encontrar.
Vou parar por aqui. Não sei como o Correio te entregará esta carta, mas tenho certeza de que ela lhe chegará nas mãos. Minha lembrança não é só alimentada de saudades – é lavada de certezas. Te amo e sempre te amarei e muito obrigada por ter sempre sido a tia-mãe de Priminho, Samoquita e [ôooo]Dai.


Sâmia.

P.s.: Eis o vídeo:

Um comentário:

SONGON Academia de Taekwondo disse...

Eu amo este amor que vc tem por minha mãe. Realmente por vcs ela tem amor de mãe mesmo...e vou te fazer uma revelação...Ela não preferia Dai, ela sempre amou vcs 3 com a mesma intensidade e sempre afirmou isso mesmo na época da distancia fisica. Sou testemunha! Ouvi muitas vezes ela dizer que seu amor iria trazer vcs de volta pq o amor vence tudo.

Adorei o texto!
Obrigada irmã(por parte de mãe)rsrs!!!!