quarta-feira, 9 de novembro de 2011

CHOVEU

Nem o céu, nem as estrelas - somente chuva e vento frio.
O mar cheio de nesgas - barcos ancorados no vazio.

Nem o sol, nem a lua - nuvens entapetando o céu.
Sem luz, visão turva - dia enlutado num véu.

Nem carta, nem avisos - pedestres escondidos em casa.
Sem óculos e livros - não se vê mais nada.

Nem fotos, nem fatos - o presente que vaga vão.
Encontro-me no ponto exato - d'onde miro a solidão.

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