terça-feira, 27 de setembro de 2011

E SE FOSSE VOCÊ?

Se você fosse mãe, saiba que não conseguiria fazer seu filho feliz. Isso é escolha pessoal. Se você fosse mãe, procuraria, em vão, dar um mundo ao seu filho, mas o máximo que conseguiria deixar para ele [neste sentido] seriam seus bens. Ensinar o filho a construção de si mesmo é muito mais complicado que dar-lhe coisas.

Se você fosse mãe, iria querer guardar seu filho no útero, mas iria perceber que ele ficaria pesado demais e cairia. Melhor ensiná-lo a andar.

Se você fosse mãe, iria dar ao seu filho todas as lições de caráter que lhes são possíveis e mesmo assim iria perceber que o outro é sempre o outro, ainda que seja de sua própria carne - ou carne de sua alma.

Se você fosse mãe, sentiria que suas noites de sono não seriam mais as mesmas porque você iria ganhar a eterna mania de achar que pode proteger seu filho de tudo. Não pode. Você se tornou mãe, não Deus.

Se você fosse mãe, iria meter os pés pelas mãos na tentativa de fazer tudo certo pro seu filho e iria descobrir que isso é humano e não privilégio de mãe. Erramos, admita. Seu filho precisa de um ser humano, não de uma heroína.

Se você fosse a mãe do coleguinha de seu filho iria descobrir que as mães não são todas iguais, não moram todas no mesmo endereço e que se você quiser ser diferente e melhor, pode. "Mais do mesmo" não lhe fará cumprir bem seu papel. Seu filho precisa de você, não da mãe do coleguinha.

Se você fosse mãe, estaria com os mesmos medos que eu, mas não estaria jamais em meu lugar.

2 comentários:

Cleber Nascimento disse...

Excelente, perfeito...
Não há o que comentar, apenas entrar em contato e refletir, sobre a difícil tarefa de ser mãe!
Talvez seja, por essa razão, que Deus deu à vocês o milagre da maternidade e, não a nós!
Parabéns pelo belíssimo texto!
Cléber Nascimento

Sâmia disse...

Oi Cleber!

Obrigada pelo comentário; estava sumido, hein? rs

Ser mãe não é mais que ser pai, porque há para cada papel um fazer distinto. Entretanto, só posso falar por mim mesma, né? rs

O fato, meu amigo, que criar gente é muito complicado mesmo! Mas recomendo.

Forte abraço,
Sâmia.