segunda-feira, 2 de maio de 2011

OSAMA, SEU REMÉDIO É OBAMA?

Não se pode folgar diante dos erros humanos, tampouco dar-se à alegria de comemorar as oposições entre os erros [in]justificáveis cometidos pelo homem ao próprio homem; mas é pior, muito pior, quando há a naturalização do assassinato sob o título imerecido de justiça.

O que se elimina quando se tritura um corpo? Quando se esmaga um homem como a uma formiga, o que se equaciona? A que esta morte se destina? E, até quando se chamará tudo isso de justiça? Matou-se o ideal, porventura? Não se pode apagar crenças matando ou queimando quem as representa; mal por mal, ao mundo, não faz diferença. Basta saber que a violência gera violência e ela nunca será bandeira tremulando numa base da paz.

Não importa quem atirou a primeira bomba, porque, ao final, são corpos humanos estirados e estilhaçados, são famílias mostrando uma ferida aberta nas almas dilaceradas, mortas-vivas. A herança é o desespero, a vingança e mais planos para construção de estradas de dor. O vírus da retaliação já instalado, fica incubado por muito tempo, mas um dia renasce sempre carregando o codinome de justiça.

Não pode ser justiça a cegueira imponderada, não é justiça a devolução ampliada do mal; sem aprendizado, equilíbrio sadio e reconstrução não há justiça. E a morte, de seja lá quem for, jamais trará nada disso.

Um comentário:

Marcelo disse...

Mais uma vez vemos o resultado do orgulho. Desta vez com a morte de um líder (que tem seguidores).

Vamos torcer para tudo isto parar por aí mesmo.