quinta-feira, 5 de julho de 2012

RÁPIDO

O amor, meus caros, despenteia! Amassa roupas, suja os dentes, arranca os brincos, quebra os saltos, tira o batom. O amor vendavalva todas as coisas vãs. Depois do amor só resta o certo, o básico, o mínimo necessário, um cômodo com uma porta e uma janela e um buraquinho pra respirar. Tudo o mais vem abaixo. Toda lei - por mais física - fica esquecida, a gravidade é abolida, a distância é relativa, o tempo cuida de correr louco. Einstein começa a falar de amor e a saudade é uma constante inversamente proporcional à vontade de estar dentro – porque perto é pouco.

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