sábado, 5 de fevereiro de 2011

METÁFORAS


Um carro batido e com multa – além de não ser do ano.
Um riso ambulante.
Vitrine de entranhas.
A ponte.
Poço de felicidade.
Poço de teimosia.
Mosca morta, lerda, que caiu na sopa e dela se arrasta – e suas variações.
Tudo em minha vida.
Uma cobra.
Coração ambulante.
Manteiga derretida.
Palhaça.
Rouxinol.
Cigarra.
Espoleta.
Alguém com uma melancia no pescoço.
E mais todas as outras metáforas que me jogam à cara. Escrevem meu nome em negrito. Falam de mim em itálico. Sublinham minhas ações. Tacham outras verdades. Embora eu bem saiba que metáfora é uma lupa arranhada, algumas delas me marcaram e cicatriz é também palavra.

Um comentário:

Marigil Vieira disse...

Sâmia, fiquei muito feliz de saber que você também me visitou, estou cada vez mais encantada com a sua escrita. Acho que você vai gostar de saber que eu sou de Ibititá e sou amiga de Andrea e Ana Dulce.
Me visite mais vezes e diga o que acha dos meus textos.
Mantenha contato.