segunda-feira, 4 de maio de 2009

SENTIDO?


Um texto que começa sem pretensão de ter sentido. Talvez para falar de amor, talvez para falar de mim, talvez para falar dos dois.

Meu coração que está estranhamente calmo. E minha alma que caminha suave. Um sensação de riso a qualquer momento. Durmo tranquila, acordo feliz. A consciência limpinha. Queria fazer poesia, mas não tenho a veia do calibre da de Joanna. Queria fazer uma música, mas eu não nasci como Dai. Eu saí assim com este misto de Gentileza e qualquer escritor; aquele que escreve profeticamente, morre e não vê o mundo virar o que se sonha! O mundo vira o que eu quero em mim.

Enquanto estou escrevendo estou ouvindo um CD de uma cantora internacional, que não quero dizer o nome e que me marcou numa época punk da vida, me sacudo na cadeira com rodinhas. Ouço-a, agora, feliz. Talvez por que eu tenha me dado conta da sutileza da vida, da fragilidade de se viver, é que eu esteja feliz assim: há mais além! Todas as coisas são voláteis! As pessoas não deveriam, mas muitas são volúveis. Também estou feliz por saber que não estou nesta categoria de gente.

Meu celular tocou mais cedo e não era ninguém! Eu não retornei a ligação porque estas coisas não me incomodam mais. Penso que minha curiosidade só me faria gastar dinheiro, deixo isso para quem me ligou.

O dia está chuvoso e eu fico muito triste em dias assim, quando tudo se acinzenta. Mas hoje foi muito diferente. Assisti desenhos animados com grandes pessoas, comi pipoca e brigadeiro; mesmo chovendo, mesmo que eu tenha tremido debaixo da sombrinha, mesmo que minha calça tenha molhado na barra e as calçadas estejam sujas de cocô de cachorro eu tenho estado feliz.

Estou grávida de sonhos e planos! E respirando um amor... a vida!

3 comentários:

Guilherme Dourado disse...

Sinto saudades dos amigos, do que vivi, mas principalmente do que não vivi. será que ainda hei de viver?? Uma vida ideal onde lágrimas sejam de alegrias, onde os amigos sejam amigos e eu não seja tão egoísta a ponto de querer exclusividade, onde a fome de viver, de sentir, de se doar seja saciada, onde as músicas sejam um estímulo ao canto e não pranto, ao amor e não à dor, à alegria e não à covardia... de se esconder numa máscara cômoda, em gestos exatos, em poses exatas, na imagem de um rapaz de bem... mas que no fundo nem sabe pra onde ir... Perdoe minha falta de criatividade, mas isso é o máximo do que conseguiria me mostrar: eu não sei ser melhor. Essa a minha verdade: uma mentira.

Sâmia Siso disse...

Amigo,

Eu não diria que nossas verdades ejam "uma mentira", mas que elas sejam um descobrir tão sem fim que acabamos por ser novos sempre!

Há muito para saber sobre si mesmo, há sempre o que mudar neste plano em que estamos. Mas se desesperamos pelo que não temos, para o que falta ainda ter e pelo o que temos e não queremos, enlouquecemos! E nós somos muito bons para enlouquecer!

A loucura é a negação à realidade! É a fuga da alma que se revolta com o que se tem. Não quero ser Maria, eu quero ser A Rainha, então enlouqueço e finjo ser o mundo só meu. A realidade passa lá fora e aqui dentro é tudo douradamente falso. Acordamos um dia e descobrimo-nos pobres - fazer o que? Caminhar. Torto, mas caminhar.

Enquanto isso vamos fingindo ser o que gostaríamos de "já estar sendo", como diriam os paulistas trabalhadores de telemarketing, com o seu gerundismo hilário! Que a máscara seja a da alegria: um dia ela cola e não sai mais!

Um beijo.

Beth¹ Lucet² African³ disse...

(Cláudia Isabele através do blog da mamy) Escrever é um dom divino... por vezes um tanto controverso e conturbado, quem escreve vicia-se, mas acima de todods os poréns é um dom. Mais um entre os tanto que você tem. Adoro essa sua doce literatura subversiva. Já fui pra frente do espelho tirar fotos depois de ler um... Um dia desses me liberto mais e se me perguntarem pq eu já sei em quem colocar "a culpa", rsrsrsrs...
Parabéns!!!